Uma crise que está longe do fim
Meio ano já passou e a quase totalidade da população residente nos países economicamente menos desenvolvidos ainda não foi vacinada contra a covid-19. As promessas de ajuda feitas têm uma materialização muito lenta – faltam as vacinas e a infra-estrutura sanitária. Ora, sem um progresso considerável dos programas de vacinação nesses países, o risco de novas variantes continuará a ser uma realidade para todos, ricos e pobres. Por outro lado, o isolamento dessas partes do mundo continuará a ser um facto, o que levará ao um empobrecimento ainda maior. Também irá dar azo à consolidação de certos interesses, como por exemplo, os da China, em detrimento de relações económicas mais diversificadas.
É preciso voltar a sublinhar a urgência da cooperação internacional no combate à pandemia. E voltar a ver o mundo como um todo interdependente. Essa deve ser, aliás, uma das lições a retirar da crise sanitária.