Uma França de ódios e fragmentos
As eleições legislativas decorreram ontem. Na França. Hoje, os dirigentes dos diversos partidos que concorreram contra o partido do presidente Emmanuel Macron só mostraram uma preocupação: uma oposição absoluta contra o governo do presidente. Ninguém procurou explicar como poderia contribuir para tornar a França melhor e mais moderna. Todos quiseram sublinhar que o seu objectivo era o de tornar a governação de Macron impossível. Isto revela um misto de imaturidade política com uma fortíssima personalização da vida política francesa. A hostilidade contra Macron conta muito mais do que a procura de compromissos nacionais.
É contra Macron, por este estar no poder. Mas também existem segmentos da população que têm uma enorme antipatia contra Jean-Luc Mélenchon. Para já não falar de Marine Le Pen. A fragmentação política ocorre à volta de ódios contra certas personalidades, por razões justificadas ou por oposição a posições extremas.