Uma nova crise na Etiópia
A situação interna na Etiópia agravou-se bastante nas últimas 48 horas. A declaração de um estado de excepção generalizado a todo o país mostra a seriedade e a dimensão da crise. O primeiro-ministro Abiy Ahmed tem uma grande parte da responsabilidade. Em dois anos, passou de laureado com o Prémio Nobel da Paz a chefe de guerra e a promotor das fracturas étnicas.
A Etiópia tem à volta de 115 milhões de habitantes, ou seja, é o segundo país mais populoso de África, depois da Nigéria. Uma grande parte da população vive na pobreza, com desafios diários de sobrevivência muito duros. É um mosaico de etnias, com cerca de 80 grupos populacionais diferentes e uma grande hostilidade entre vários de entre eles.