Uma resposta por fases
O Presidente Vladimir Putin continua a apostar no uso da força e no agravamento das tensões com os seus adversários, na Ucrânia, na Europa e nos Estados Unidos. Essa postura está a levar a Rússia para as margens da ordem internacional. A própria China mostrou claramente que não apoia a violação das fronteiras e da soberania nacional da Ucrânia. Até agora, Putin pode apenas contar com a camaradagem de meia dúzia de Estados marginais, a começar pela Síria de Bashar al-Assad.
A adopção de um primeiro conjunto de medidas restritivas contra a Rússia, por parte da União Europeia, dos Estados Unidos e de outros, tem como objectivo não agravar demasiado a situação e manter uma oportunidade para o diálogo diplomático. É verdade que já ninguém acredita verdadeiramente na possibilidade de uma solução negociada. Mas isso não quer dizer que se deva, desde já, fechar todas as portas. Neste tipo de crises é essencial deixar sempre uma porta de saída aberta.