Votar com equilíbrio
O Primeiro Ministro António Costa não teve um campanha feliz. Para cúmulo, hoje perdeu as estribeiras, quando um homem de idade avançada o interpelo na rua, sobre os incêndios de Pedrogão Grande. O descontrolo não é aceitável, quando se trata de um líder da envergadura do PM. Quando a pergunta é desagradável, dá-se-lhe a volta com elegância e marca-se um ponto.
O que aconteceu e a altura em que aconteceu – no fecho da campanha eleitoral – têm impacto. Na véspera das eleições, a imagem que fica – e a comunicação social encarregar-se-á disso – não é boa.
Mesmo assim, penso que votar por António Costa é a opção mais apropriada. Nesta fase da vida portuguesa e estando o PSD como todos sabemos que está, é fundamental que o partido que venha a ser o pilar do próximo governo tenha o maior apoio popular possível. Não seria bom para a estabilidade democrática e para o crescimento da economia ter um governo com uma base frágil e marcadamente dependente de alianças com as forças do irrealismo político.